Criatividade dribla baixa temporada

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Estamos em um período onde os empresários que atuam no setor de turismo e em regiões litorâneas buscam bons resultados que impactam no desempenho da empresa para todo o restante do ano.

Mas a cultura de buscar a receita apenas nos períodos de alta temporada já não impacta tanto e com isso hoje se considera uma obrigação buscar alternativas de receita durante os períodos de sazonalidade ou baixa temporada.

Este artigo destaca qual a situação de mercado que empresas do segmento comercial e prestador de serviços no ramo turístico situado no litoral catarinense, convivem durante a baixa temporada. Destaca algumas realidades de mercado das empresas no litoral norte, grande Florianópolis e sul de Santa Catarina e quais alternativas criativas foram desenvolvidas para minimizar ou reverter o impacto causado pela sazonalidade de clientes.
Inicialmente podemos destacar a realidade de cada região e suas alternativas para a sazonalidade, na grande Florianópolis as duas principais praias frequentadas é Canasvieiras e Ingleses grande parte dos lojistas fecham as portas durante a baixa temporada, porém alguns lojistas relutam para reduzir o impacto de 70% no faturamento gerado na baixa temporada e como alternativa incentivam a compra feita por moradores que residem nestas praias com alternativas de crédito a eles e criação de atrativos para que eles comprem em lojas da região e não no Centro de Florianópolis.
No litoral Sul a cidade de Laguna possui uma realidade mais complexa onde apenas em finais de semana durante a baixa temporada são prósperos para o comércio devido à movimentação de aposentados, servidores públicos em férias e moradores de regiões próximas e que passam os finais de semana em imóveis que possuem na cidade. Segundo informações 80% do comércio e bares fecham nos meses de inverno.
Nas praias de São Francisco do Sul o impacto da baixa temporada é maior e por isso os lojistas também incentivam os moradores da cidade a realizarem as compras no comércio local e não em outros grandes centros comerciais da região através da criação de eventos e de campanhas promocionais em datas comemorativas.
Ainda no litoral norte de Santa Catarina a cidade de Balneário Camboriú já vive uma realidade diferente, o impacto da baixa temporada já não é muito sentido pelo comércio e o segmento turístico de bares, restaurantes, hotéis e pousadas. Com um trabalho em conjunto com o setor publico municipal e os lojistas na cidade, as lojas ficam abertas até às 22h, os restaurantes até a meia-noite e os bares invadem a madrugada. Com uma rede de eventos e atrações consolidadas, os setores do comércio e serviços colhem agora investimentos feitos há mais de oito anos. Na rede hoteleira, estão se especializando em segmentos específicos de mercado como idosos, estudantes, empresários e congressistas e até mesmo gays para aumentar a taxa de ocupação de seus leitos durante os meses de inverno. Eles destacam que esse círculo de comércio, gastronomia e hotelaria melhora cada vez mais a estrutura da cidade.
Tenho a percepção que no dia a dia as empresas do comércio e varejista localizadas em regiões litorâneas devem focar também seus esforços nos clientes que residem em sua própria cidade e não apenas no turista ou morador que vai passar suas férias em imóveis que possuem na região. Criar alternativas nas cidades da região litorânea, para que clientes residentes ali, não saiam e comprem em outros grandes centros comerciais.
Outra questão importante é que os lojistas e empresas do setor turístico, junto com a iniciativa pública devem estruturar ações em conjunto que fazem com que a região se destaque durante a baixa temporada por outros atrativos naturais ou mesmo desenvolvida pela iniciativa.

Referências: Márcio Miranda Alves